
O patriarcado designa uma formação social em que os homens detêm o poder, mais simplesmente, o poder é dos homens. Quase sinônimo de "dominação masculina" ou de opressão as mulheres. Designado na época de 1970, pelas expressões "subordinação" ou "sujeição" das mulheres, ou ainda "condição feminina".
Antes do século XIX, a patriarcado e os patriarcas designavam os dignitários da Igreja, seguindo o uso dos autores sagrados, para qual eles são os primeiros chefes de família que viveram, seja antes, seja depois do Dilú-vio. Esse sentido ainda é encontrado, Na Igreja Ortodoxa, por exemplo, na expressão "o patriarca de Constantinopla".
Portanto, é literalmente a autoridade do pai . Como o pai é forçadamente o primeiro e a origem em relação às gerações seguintes.
Eles mantêm o poder primário e predominam em funções de liderança política, autoridade moral, privilégio social e controle das propriedades.
Evidências antropológicas sugerem que a maioria das sociedades pré-históricas de caçadores-coletores eram relativamente igualitárias e que estruturas sociais patriarcais não se desenvolveram até muitos anos após o final do Pleistoceno, seguindo desenvolvimentos tecnológicos como a agricultura e a domesticação.
Alguns estudiosos apontam para cerca de seis mil anos atrás quando o conceito de paternalismo criou raízes, como o início da propagação do patriarcado.
As obras de Aristóteles retrataram as mulheres como moralmente, intelectualmente e fisicamente inferiores aos homens. Viam as mulheres como a propriedade dos homens, afirmava que o papel das mulheres na sociedade era reproduzir e servir aos homens em casa, e via a dominação masculina das mulheres como natural e virtuosa.
Na Europa Medieval, o patriarcado não foi absoluto, Já que as Imperatrizes (como Teodora) e as Matriarcas (como Helena, mãe de Constantino) gostavam de privilégio, domínio político e honra social. Na esfera religiosa, as Igrejas Católica Romana e Ortodoxas restringiam o sacerdócio aos homens, ainda assim, viam a própria igreja como uma mãe.
A teoria feminista define o patriarcado como um sistema social injusto que reforça os papéis de gênero e é opressivo tanto a mulheres quanto homens. Frequentemente inclui qualquer mecanismo social que evoca a dominação masculina sobre as mulheres.
Muitas feministas estudiosas e ativistas têm pedido por um reposicionamento da cultura como um método para desconstruir o patriarcado. O reposicionamento da cultura refere-se a mudança de cultura e envolve a reconstrução do conceito cultural de uma sociedade.
Antes do uso generalizado do termo "patriarcado", as feministas usavam os termos "chauvinismo masculino" e "sexismo" para se referir, a grosso modo, ao mesmo fenômeno.
A socióloga e feminista brasileira Heleieth Soffioti definiu o patriarcado como um sistema que tornou as mulheres "objetos de satisfação sexual dos homens, reprodutoras de herdeiros, de força de trabalho e novas reprodutoras".
No ponto de vista da psicologia junguiana, o patriarcado pode ser visto como a expressão de uma forma atrofiada e imatura de masculinidade e , portanto, como um ataque à masculinidade em sua plenitude, bem como a feminilidade em sua plenitude.
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